quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Das distrações da via...

Lá estava ele, amarelo, esplendoroso, quase cegando suaves olhares.
Elegante, olhava com sua juba os transeuntes que sob ele passavam.
Com uma sereia no mar, encantou-me, e olhando aquele ipê amarelo, bati o carro.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012


Tenta fugir de todas as formas.
Busca caminhos e logo os bloqueia.
Busca outros, fugas e mais fugas...
Não é possível fugir, mas por onde mais fugir?

Compreende que o desejo impiedoso de explodir,
de andar a passos largos sem olhar pra trás,
depende de uma não-fuga certeira.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Eram sete.

A primeira foi a primeira, foi sem aviso, distante, longe, em rezas apaziguantes.
A  segunda foi a sexta, foi num respiro. Próximo, doeu, sofri, ela não.
O terceiro foi o quarto, foi, e não sei quando foi.
O quarto foi o terceiro, e o som da gaita silenciou. Levou consigo aquela que foi sempre seu par, de mesmo dia, mesma idade, longos amores e cuidados. Ela que era a esperada, esperou por ele, e logo em seguida o acompanhou.
A quinta foi a segunda, a água misturou com o ar, e ela, pequenina, deixou seu sorriso, seu carinho, seus papais noéis apenas na nossa lembrança. Era pequena e cheia de alegria, era forte e nos unia. Deixou-nos como órfãos, mas sabemos que do que somos a ela devemos.
Muitos anos depois foi seu par, inteligente, inspirador, com memórias antigas e perguntas frequentes de "qual o seu nome?". Mostrou-nos que a memória tem seus rumos próprios e que o nome de um barco, pode ter um signo forte num futuro passado presente.
Pouco depois o acompanha o sexto que é o sétimo, grande e forte, ficou fraco e foi ao encontro daqueles que tanto o amavam.

Sobrou a quinta, que forte, precisa aguentar todas essas despedidas. Mas soluça ao ver o filme de uma gaita  em sinfonias italianas em uma deliciosa chacrinha.

*as ordens podem estar trocadas, mas o carinho por cada um é imenso e cheio de saudade.

sábado, 6 de outubro de 2012

Giro


Giro

Oh! monstros da terra sagrada
Liberai esta maldita faca
Do barro da terra acrescida
Que gira ao redor da vida.
Entrai, enterrai, aprofundai,
No barro que constrói a alma,
Que desbrota a vida
Que entrega a cor,
Da terra em alegria.


* dos idos dias de 2008 num encanto sufista.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Do amor em palavras

Relendo você vejo palavras levadas pelo vento.
Como um contrato rasgado vejo este amor desmantelado.
Letras caídas ao chão, como secas folhas.

Vem a chuva e lava toda a poeira deixada, leva as folhas caídas, derruba estas poucas flores que restaram em amantes árvores.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Suspiros de contradição.

Quando se sonha, o sonho se concretiza e percebe-se que tudo não passou de um pesadelo.

O coração palpita rapidamente, a mão sua, a perna treme e a lágrima escorre.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Dia do Cerrado

"Como numa alucinação, vê-se por todo lado, pipocas amarelas colorindo alegremente céus, árvores e pessoas marrons desta terra vermelha do cerrado."

sábado, 8 de setembro de 2012


Saudade

Olhar de Andante dos Ventos
Você foi embora
E os ipês todos floresceram
Deixaram rosa todos os eixos
Reverberaram sobre todas as placas
Celebraram as praças
Coloriram estas esquinas de Brasília
Aonde se encontram
Gaúchos e mineiros,
Brasilienses e paulistas,
Maranhenses e cariocas...


Você foi embora
E os ipês deixaram seu grito,
Sua saudade.
Você foi embora
Sem chance de dizer um "adeus"
Ou quem sabe, "até logo"
Os ipês permaneceram
E deixaram impregnado em mim,
A saudade do teu sorriso,
A delícia do teu carinho,
A beleza do teu olhar,
A força do teu carinho.

Eles estão rosas, lindos, surpreendentes
Assim como tu foste pra mim.
A cidade está bela,
E clama de saudades.
A lua está linda
E dá o seu "Adeus"
A um belo encontro
que cedo termina
mas não, sem deixar as mais doces lembranças.

* maio de 2008

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

IMAGENS TURVAS DE UM VENTO SEM DÓ




Fuuufff fuufff
Soprava o vento sem dó
Fuuufff fuufff
Ninguém sabe aonde o vento vai dar
Qual o caminho atrás da curva
A qual caminho ele levará?

O vento soprou na menina
Gira gira rodopia
O vento na saia da menina

Voa voa a menina
Até cair nos braços do amor.

Fuuufff fuufff
O vento levou a menina
Que nunca mais voltou.

Os olhos alegres da menina
Brilharam como festim
Brilha brilha doce menina
O amor que a contém.

O amor que acaricia
Delicia a menina
Toma conta da menina
O amor que lhe sobrevém

Amor
Tão leve
Tão breve
O vento passou

E o amor que acaricia
Arrebatou a menina.
Jogou-a em terra firme
E ela caiu sem dó
Machucou-se a menina
Esbranquiçada
Amarela
Doente a menina ficou

Os olhos dela secaram
Imagens ficando turvas
Aos poucos ia caindo
Magricela e moribunda.

Cadê? Cadê a menina?
Gritavam todos a sua procura
Procuravam a menina da saia
De olhos marcantes e profundos
Procuravam a menina
Aquela que o vento levou.

Traga de volta a menina!!!
Doce menina alegre
De olhos suaves e brilhantes...

Mas o vento foi-se embora
E não ouviu os lamúrios,
Levou consigo o que quis
Deixou cair por aí

Para sempre a menina
Ficou presa àquele amor
Tão leve e tão breve
Apagou a esperança
Da menina que sonhou

Fuuuuff Fuuufff
O vento levou consigo
O brilho do olhar sonhador
A alegria da doce criança
Que a tornou mulher na dor.

Fuuuffff...

Morreu a menina linda
Do grande mal de amor.





Desenho coletado no ar da internet, deste blog: http://vulcanobh.blogspot.com.br/2009/05/alma-de-menina.html acompanhado de outra ventania poesia.


* Escritos antigos de tempos idos, 2009


domingo, 12 de agosto de 2012

Tudo tem um início, as vezes mais de um...

Por onde começar e por que começar?

Bom... foi assim...

Um dia, resolvi seguir um blog de um amigo.
Neste dia, fiz um cadastro... e quando vi, havia ali um nome.
Bonito nome... "Andante dos Ventos".
Como ele surgiu, não sei... quando vi estava ali.
Achei bonito e tomei pra mim.
E ficou.


Um dia comecei a escrever.
Qualque coisinha, palavras que me vinham a mente.
Bom, tem dias que gosto do que escrevo... dias que não...
E foi assim que algumas coisas eu comecei a publicar.

Bom, lembrei-me de um blog iniciado e nunca ativado.
Lembrei-me de um nome, um batismo por parte do mundo "cibernético".
Então por que não ativar o blog?
Pra mim e pra quem mais quiser ler. E só quem quiser ler.
Com que frequencia? Bom não sei... com a frequencia que as palavras surgirem.

Então, assim será que vez por outra estarei aqui.
Vez por outra palavras virão, com sentimentos, ideias, vontades.
E assim espero dividir um pouco do que me vem, andando aí, pelos ventos que por aqui passarem.


Palavras que vem ao vento.
Nesta caminhada ao sopro que vem.
E andando nesta ventania seguirei.