quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Do amor em palavras

Relendo você vejo palavras levadas pelo vento.
Como um contrato rasgado vejo este amor desmantelado.
Letras caídas ao chão, como secas folhas.

Vem a chuva e lava toda a poeira deixada, leva as folhas caídas, derruba estas poucas flores que restaram em amantes árvores.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Suspiros de contradição.

Quando se sonha, o sonho se concretiza e percebe-se que tudo não passou de um pesadelo.

O coração palpita rapidamente, a mão sua, a perna treme e a lágrima escorre.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Dia do Cerrado

"Como numa alucinação, vê-se por todo lado, pipocas amarelas colorindo alegremente céus, árvores e pessoas marrons desta terra vermelha do cerrado."

sábado, 8 de setembro de 2012


Saudade

Olhar de Andante dos Ventos
Você foi embora
E os ipês todos floresceram
Deixaram rosa todos os eixos
Reverberaram sobre todas as placas
Celebraram as praças
Coloriram estas esquinas de Brasília
Aonde se encontram
Gaúchos e mineiros,
Brasilienses e paulistas,
Maranhenses e cariocas...


Você foi embora
E os ipês deixaram seu grito,
Sua saudade.
Você foi embora
Sem chance de dizer um "adeus"
Ou quem sabe, "até logo"
Os ipês permaneceram
E deixaram impregnado em mim,
A saudade do teu sorriso,
A delícia do teu carinho,
A beleza do teu olhar,
A força do teu carinho.

Eles estão rosas, lindos, surpreendentes
Assim como tu foste pra mim.
A cidade está bela,
E clama de saudades.
A lua está linda
E dá o seu "Adeus"
A um belo encontro
que cedo termina
mas não, sem deixar as mais doces lembranças.

* maio de 2008

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

IMAGENS TURVAS DE UM VENTO SEM DÓ




Fuuufff fuufff
Soprava o vento sem dó
Fuuufff fuufff
Ninguém sabe aonde o vento vai dar
Qual o caminho atrás da curva
A qual caminho ele levará?

O vento soprou na menina
Gira gira rodopia
O vento na saia da menina

Voa voa a menina
Até cair nos braços do amor.

Fuuufff fuufff
O vento levou a menina
Que nunca mais voltou.

Os olhos alegres da menina
Brilharam como festim
Brilha brilha doce menina
O amor que a contém.

O amor que acaricia
Delicia a menina
Toma conta da menina
O amor que lhe sobrevém

Amor
Tão leve
Tão breve
O vento passou

E o amor que acaricia
Arrebatou a menina.
Jogou-a em terra firme
E ela caiu sem dó
Machucou-se a menina
Esbranquiçada
Amarela
Doente a menina ficou

Os olhos dela secaram
Imagens ficando turvas
Aos poucos ia caindo
Magricela e moribunda.

Cadê? Cadê a menina?
Gritavam todos a sua procura
Procuravam a menina da saia
De olhos marcantes e profundos
Procuravam a menina
Aquela que o vento levou.

Traga de volta a menina!!!
Doce menina alegre
De olhos suaves e brilhantes...

Mas o vento foi-se embora
E não ouviu os lamúrios,
Levou consigo o que quis
Deixou cair por aí

Para sempre a menina
Ficou presa àquele amor
Tão leve e tão breve
Apagou a esperança
Da menina que sonhou

Fuuuuff Fuuufff
O vento levou consigo
O brilho do olhar sonhador
A alegria da doce criança
Que a tornou mulher na dor.

Fuuuffff...

Morreu a menina linda
Do grande mal de amor.





Desenho coletado no ar da internet, deste blog: http://vulcanobh.blogspot.com.br/2009/05/alma-de-menina.html acompanhado de outra ventania poesia.


* Escritos antigos de tempos idos, 2009