Eram sete.
A primeira foi a primeira, foi sem aviso, distante, longe, em rezas apaziguantes.
A segunda foi a sexta, foi num respiro. Próximo, doeu, sofri, ela não.
O terceiro foi o quarto, foi, e não sei quando foi.
O quarto foi o terceiro, e o som da gaita silenciou. Levou consigo aquela que foi sempre seu par, de mesmo dia, mesma idade, longos amores e cuidados. Ela que era a esperada, esperou por ele, e logo em seguida o acompanhou.
A quinta foi a segunda, a água misturou com o ar, e ela, pequenina, deixou seu sorriso, seu carinho, seus papais noéis apenas na nossa lembrança. Era pequena e cheia de alegria, era forte e nos unia. Deixou-nos como órfãos, mas sabemos que do que somos a ela devemos.
Muitos anos depois foi seu par, inteligente, inspirador, com memórias antigas e perguntas frequentes de "qual o seu nome?". Mostrou-nos que a memória tem seus rumos próprios e que o nome de um barco, pode ter um signo forte num futuro passado presente.
Pouco depois o acompanha o sexto que é o sétimo, grande e forte, ficou fraco e foi ao encontro daqueles que tanto o amavam.
Sobrou a quinta, que forte, precisa aguentar todas essas despedidas. Mas soluça ao ver o filme de uma gaita em sinfonias italianas em uma deliciosa chacrinha.
*as ordens podem estar trocadas, mas o carinho por cada um é imenso e cheio de saudade.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
sábado, 6 de outubro de 2012
Giro
Giro
Oh! monstros da
terra sagrada
Liberai esta maldita
faca
Do barro da terra
acrescida
Que gira ao redor da
vida.
Entrai, enterrai,
aprofundai,
No barro que
constrói a alma,
Que desbrota a vida
Que entrega a cor,
Da terra em alegria.
* dos idos dias de 2008 num encanto sufista.
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