segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Sobre o direito de esperar

Sonhar é um direito pessoal e intransponível.

Em tempos de dor, percebi que algumas pessoas ao redor tentavam me fazer acreditar em algo que naquele momento me parecia impossível, aquilo me doía, porque não parecia verdadeiro, parecia não me permitir valorizar a dor do presente. Por outro lado, apareciam aquelas pessoas cheias de realidade e pessimismo que não me permitiam sonhar num futuro tranquilo. "As pessoas não nos permitem ter esperança", disse assertivamente a minha irmã.
E foi aí que, depois de aceitar a dor da realidade, entendi que a esperança é algo pessoal, que cabia a mim o direito de acreditar em um processo de cura, de alegria, de recuperação. Cabe a mim o meu direito de sonhar. E enquanto sonho com momentos melhores vou aprendendo com o que a dor pode me ensinar.