quinta-feira, 6 de julho de 2017

IR

De modo geral eu sempre deixava minhas viagens e passeios curtos e próximos pro momento que rolasse... Mas de fato era difícil rolar... Claro que planejei e fui atrás de umas e outras... Mas quando comecei na lógica trabalho-arrumações-trabalho, pós faculdade ou talvez ainda na faculdade, eu só ia pra uma cachoeira quando fosse uma oportunidade normalmente cavada por algum amigo... E muitas muitas muitas vezes me chamaram pra ir ali no urubu, no tororó, no poço azul e eu neguei, porque tava ocupada, porque tinha que arrumar algo, porque tinha que fazer uma faxina...
E assim quase nunca ia pra chapada dos veadeiros, quase nunca ia pra pirenopólis e lugares das redondezas. Me dei conta que eu planejava viagens longe, que eu podia programar datas, mas raramente algo aqui na vizinhança.
Ano passado um namoro me levou 2 vezes pra chapada dos veadeiros, conheci a morada do sol e a cachoeira do segredo e depois a catarata dos couros. E planejei a viagem da janela, velho desejo meu. O namoro acabou e o desejo do planejado seguiu firme.. Vou fazer, tentei achar amigos, conhecidos ou qualquer um que topasse a parada comigo... Não achei... e adiei uma vez, duas vezes... E nesse meio amigos me levaram pra chapada: Cavalcante e Sertão Zen. Fui dirigindo e senti que fui retomando as rédeas da vida, como se cada vez que eu guiasse pra lá eu me empoderasse nessa direção. E foi assim que decidi ir sozinha fazer a janela. E foi uma experiência extremamente forte e marcante.
E daí decidi ir novamente, e percebi que tava conhecendo o lugar e dando dicas da chapada, dicas boas mesmo... E entendi que aquele espaço também era meu e que eu poderia ir quando quisesse...

Eu ainda me enrolo nas minhas arrumações-trabalho-arrumações e deixo de fazer coisas porque preciso arrumar algo... Mas também entendi que preciso ir e fazer as coisas no meu tempo. Não preciso esperar convite para que outros me levem. Posso ir, posso ir só ou posso ir com outras pessoas. Simplesmente posso ir. E vou!

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